sábado, 10 de janeiro de 2009

Prisão de Law Kim Chong

PALMÉRIO DÓRIA: E o caso do Law Kim Chong?
O chinês era poderoso e tinha ligações na Polícia Federal, provavelmente algo ligado a funanciamento de campanha, ligações na sociedade paulista. Um mafioso você vai pegar naquela situação mais simples. A complexa é onde ele está preparado. Qual seria a espinha dorsal dele? Contrabando e pirataria, talvez atividades municipais. Aqui, vou bater nele e voltar. Passo cinco anos investigando e busquei a via mais frágil, a corrupção.

MYLTON SEVERIANO:  E como se deu? 
Com a CPI da Pirataria, o presidente é luiz Antônio Medeiros, e me procura .O Law quer 2 mihlões de dólares pra deixá-Io fora da CPI. Passeí ao no de pegá-Io naquilo que ele seria frágíi, pagamento de propina. O deputado passa a fazer uma ação controlada (é acompanhada pelo Ministério Público e pelo juiz), com um assessor, o Fernando, policial rodoviário, e o Fernando fica com medo. Falei "deputado, não vou perder esse trabalho, haverá um prejuízo grande pra sociedade", "qual a saída?", "precisa arrumar outro", "quem?", "o senhor", "eu?","sim, você não foi do Partido Comunista? Não foi exilado na Rússia? Tem todos os requisitos pra uma operação de infiltração", "eu topo". Firmeza. Falei "o Law não confia em ninguém, chega um momento que tem que estar presente com o dono do negócio, e o senhor é o dono".

MYL TON SEVERIANO O Medeiros não ficou nervoso?
Ele foi muito frio. Corajoso. É produzido um encontro em Araraquara. E o deputado, embora nervoso, sai muito bem. O chinês é um iceberg. Entrou, logo tira o paletó, o que sugestiona "não tenho gravador, nada". O deputado, "não vou tirar meu paletó, ou confia ou pode ir embora". E cheio de equipamento por baixo.

MYLTON SEVERIANO É uma casa térrea...
Um hotel. Esse vídeo é fantástico. Um diálogo sugestionado por nós. O Law marca pra entregar o valor num ninho nosso, São Paulo. Você pensa "vai marcar um local de confiança e depois mudar". É um misto de probabilidades, oportunidades, sorte. Ele indicou o shopping Center Norte, seria uma carnificina a prisão dele, poderia ter reação. Os guarda-costas dele eram policiais militares, falei "o lugar provável que ele vai trocar, Medeiros, vai ser seu escritório". O local onde ele mais confiaria, "sou o corruptor, vou marcar na casa do corrupto, se for preso levo ele". Chega no shopping, entrega o dinheiro para o intermediário, o telefone toca e o Medeiros ouve "não vai ser mais no shopping, vai ser no seu escritório". Saímos batendo carro, chegamos minutos depois do intermediário chegar com o dinheiro. O Law já em fuga. Veio um grupo executar a prisão, uma parte do Rio, uma parte de Florianópolis. Ele é preso entre onze horas e meio-dia. Tava na garagem da rua 25 de Março pra pegar o carro.

MYLTON SEVERIANO O encontro pra dar dinheiro pro deputado foi que hora?
Meio-dia. Nós tínhamos um informante Stone, e ligou, "tá atrás da pilastra no estacionamento", e chegam os nossos, seis, e ele tinha quinze seguranças, sacaram as armas, e ele pergunta "vocês são policiais de São Paulo?", "não, diretoria de inteligên¬cia de Brasília", "logo percebi". Engraçado, mas é triste, ele não aceitaria traição. A úni¬ca condenação dele foi por corrupção.

Um comentário:

  1. ESTA HISTORIA É DE FILME PARABÉNS PROTOGENES SAO DE PESSOAS ASSIM QUE O PAIS PRECISA EMBORA EU SONEGUE MEUS IMPOSTOS RSRSRSRS
    PROTOGENES SENADOR POR SAO PAULO

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